Picos de Europa '99 |
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Expedição Castil-Tortorios 1999 Pela segunda vez consecutiva, os espeleólogos do NEC tiveram oportunidade de participar na Campanha Castil - Tortorios 99, expedição anual no Maciço Central dos Picos da Europa, nas Asturias. Como é do conhecimento da comunidade espeleológica, o maciço dos Picos da Europa é caracterizado por cavidades com grandes verticais, de elevada exigência técnica, física e psicológica.
Esta expedição teve a duração de um mês, com início no dia 24 de Julho, terminando a 25 de Agosto. O acampamento base foi o mesmo dos anos anteriores, situado a 2000 m de altitude, próximo do Cabezo Tortorios. A expedição contou com a participação de perto de trinta espeleólogos: asturianos (CADE) e cantábricos (SEL, GELL), bem como espeleólogos de outras regiões espanholas (Galiza, País Basco, Andaluzia, ...), para além de convidados portugueses e franceses. O NEC contribui com quatro espeleólogos, desde o dia 14 de Agosto até ao final da campanha. O objectivo da expedição
deste ano era a continuação da exploração
da Torca de la Peña Carbonal (CT-1) e a revisão da Torca
Castil (PC-15), bem como a continuação dos trabalhos de
prospecção. Os principais resultados da campanha foram a
conclusão da exploração do PC-15 (topografia),
com -1028 m de profundidade, e a certeza de que no CT-1 (topografia)
estamos provavelmente perante mais "um grande algar dos Picos da
Europa", actualmente na cota -630 m. No próximo ano os trabalhos
incidirão sobretudo no CT-1 e na revisão da Torca de Carnizoso
(CZ-3), um algar com algumas incógnitas a -700m. A organização duma expedição desta natureza é uma complexa empreitada que envolve meios pesados como o transporte de material colectivo por helicóptero ou a manutenção de 2500 metros de cordas. O PC-15 está a uma hora de caminho e o CT-1 a menos de meia hora, relativamente ao campo base. Diariamente era necessário efectuar carregamentos de água para o acampamento desde um pequeno riacho a mais de uma hora de caminho. Os espeleólogos do NEC tiveram oportunidade de colaborar nos trabalhos de prospecção e desobstrução na Peña Castil, exploração e topografia do CT-1 e na retirada do material do PC-15. Nas equipas em que colaboraram alcançaram as profundidades de -460 m, -520 m e -560 m, constituindo este último um novo record do NEC. Expedições desta natureza são acontecimentos muito importantes para os espeleólogos, pois representam o expoente máximo da exploração subterrânea. Mais uma vez regressámos com a certeza de termos aprendido muito e que a nossa participação foi muito positiva, contribuindo para uma grande exploração subterrânea nos Picos da Europa. Desde já esperamos poder voltar na campanha do próximo ano.
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